O Ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, participou ontem numa conversa aberta a convite da Vice-Presidente do Parlamento Pan-Africano, Dra. Lúcia dos Passos, no âmbito da comemoração do 31 de Julho, Dia da Mulher Africana.
África assinala o Dia da Mulher a 31 de Julho, para celebrar e reconhecer as Mulheres que lutaram bravamente pela libertação e desenvolvimento do nosso continente. O tema escolhido pela União Africana para as celebrações deste ano é «Rumo a Década da Mulher Africana: Realização do Capital Humano da Mulher através do desenvolvimento social e económico acelerado, abordando o flagelo da violência, insegurança alimentar e boa nutrição no continente africano».
Neste sentido, Fernando Elísio Freire afirmou que a questão da Mulher Africana deve estar ligada às crianças africanas. «Fazendo um investimento forte nas crianças, sobre a dignidade da pessoa humana, no acesso a educação, saúde, cuidados, principais bens e serviços, de certeza que poderemos mudar essa cultura da vergonha que é a mutilação genital», destacou.
Para que isso aconteça, Fernando Elísio Freire avisa que é importante continuar no Parlamento Africano a demonstrar o valor da tolerância, liberdade e democracia. Segundo diz, Cabo Verde deve estar sempre presente para defender esses valores, independentemente do peso ou da voz que possamos ter momentaneamente, porque esses valores são universais e devem carregar o ADN do nosso país.
«São esses valores que nos levam a fazer este investimento forte na Igualdade de Género. É um investimento que deve ser continuado e uma luta diária que devemos continuar a fazer», realçou o Ministro, destacando a Lei da VBG e a Lei da Paridade como marcos importantes para o país.
Segundo o Governante, o Plano Nacional de Igualdade e Equidade de Género vai ao encontro com aquilo que é a estratégia do Governo, ou seja, promover a autonomia das mulheres no “corpo”, na decisão e, principalmente, a sua autonomia económica.
Neste quadro, Fernando Elísio Freire acrescentou que nesta nova legislatura o Governo tem como objetivo, eliminar as desigualdades estruturais que impedem o pleno acesso das mulheres aos bens, serviços e recursos socioeconómicos e adotar medidas de política para a melhoria da qualidade de vida das mulheres chefes de família.