A visita teve como propósito conhecer e inteirar dos projetos sociais implementados pela Associação que foi criada por um grupo de mulheres cabo-verdianas residentes em França, tendo como o objetivo principal ajudar jovens mães, contribuindo, assim, para a sua integração e a sua inclusão socioeconómica.
“O objetivo foi de pontuar, sinalizar e incentivarmos as ONG's que trabalham na área social e principalmente lidam mães adolescentes que têm que continuar a estudar”, referiu o Ministro.
Fernando Elísio Freire garantiu que o Governo é extremamente claro no sentido de igualar as oportunidades a todos. Por isso, segundo diz, está a ser desenvolvido neste momento um plano para manutenção dentro do sistema educativo de pessoas que na adolescência tiveram crianças.
De acordo com o Ministro, o Governo, juntamente com o ICIEG e a União Europeia, está a terminar este plano para permitir que no nosso país, todos estejam com uma profissão e com capacidade de se inserirem no mercado de trabalho.
“O plano estará pronto ainda no mês de dezembro, no sentido de criarmos uma rede de creches de suporte às mães adolescentes, criarmos mecanismos de manutenção dessas mães dentro do sistema educativo ou no sistema de formação profissional”, adianta o Governante.
Fernando Elísio Freire lembra que foi alterada a legislação que proibia as mães adolescentes de continuarem na escola e que, portanto, em 2016 esta lei deixou de existir e as adolescentes podem continuar na escola.
“Nós queremos é que as pessoas possam ter de facto oportunidade de ter uma profissão, de estar incluídas e conseguirem desenvolver a sua vida”, admite o Ministro, que durante a visita esteve acompanhado da Presidente do ICCA e da Presidente do ICIEG.
O projeto social "Casa Avenir" está a mudar a vida de muitas mães solteiras em Cabo Verde que desejam continuar os estudos. A instituição acolhe jovens de famílias em situação de vulnerabilidade social e económica, oferecendo-lhes ajuda no pagamento de propinas das universidades, alojamento e alimentação. Objetivo é prepará-las para o mercado de trabalho e dar-lhes mais autonomia.
De referir que, neste momento, a Associação Avenir Ecole Cap Vert trabalha com cinco jovens mães e conta com mais três vagas para preencher. Até agora, já são quinze meninas formadas com ensino superior e mais um rapaz natural de São Vicente.