O referido estudo consiste em conhecer as práticas, os desafios e as tendências que regem o perfil de género na Administração Pública Direta, Indireta, Local e no Sector Empresarial do Estado.
É por isso que, no entender de Fernando Elísio Freire, o primeiro que tem que dar o exemplo é o Estado e a Administração Pública, que segundo diz, devem a todo o tempo incutir nos seus colaboradores o cumprimento daquilo que está na Lei, mas de uma forma interior e nas decisões.
Fernando Elísio Freire lembrou que Cabo Verde tem a Lei da Paridade para se atingir os cargos públicos, tanto na Administração Pública como na Administração indireta do Estado.
“A lei permite a Igualdade de Género, mas individualmente estamos a privilegiar mais os homens do que as mulheres. Isso é um longo trabalho e uma luta diária que no MFIDS tentamos fazer, mostrando a importância da educação e da sensibilização no processo de Igualdade de Género”, afirma o Ministro.
O Governante assegurou ainda que a Igualdade de Género deve ser motivo de novo pacto social para o Mundo, porque conforme disse, é assim que se conquista a paz e, verdadeiramente, se conquista a Democracia, quando há igualdade de oportunidades e todos se sentem incluídos.
“Não cansamos de repetir. Se queremos saber se um país é desenvolvido temos que ver a forma que trata as crianças, os idosos, as pessoas com deficiência, as minorias e a Igualdade de Género. É ali que um país marca a diferença em relação ao resto. Neste sentido, é possível Cabo Verde ser um país desenvolvido e vamos continuar a lutar e a acreditar”, garante o Ministro.
Fernando Elísio Freire avisou que o empoderamento económico das mulheres também é fundamental para conseguirmos o salto e, garantiu que este estudo vai permitir dar um salto significativo de conhecer a Administração Pública e o Perfil do Género. “Que nos venha a mostrar o caminho que temos de percorrer, mas a ação principal é a sensibilização”, concluiu.
Com a realização deste estudo pretende-se examinar a tendência de ingresso na Administração Pública Direta e Indireta, Administração Pública Local e no Sector Empresarial do Estado em função do sexo nos últimos anos (2018-2020), elaboração de uma radiografia do perfil de género dos dirigentes (superior e intermédio) e dos(as) funcionários(as) comuns das diferentes Administrações; identificação dos progressos e principais desafios, com ênfase na mulher, nomeadamente quanto à disponibilidade para assumir cargos de decisão e à conciliação da vida familiar / pessoal e laboral no exercício das funções, bem como à perceção sobre como elas são vistas em termos de aptidão, capacidade e disponibilidade identificadas.