O Ministro de Estado, Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, fez esta afirmação ao discursar na abertura do segundo Fórum Africano da Igualdade de Género no Desporto, que decorre entre 2 e 3 de outubro, em Santa Maria, ilha do Sal, numa iniciativa da Associação dos Comités Nacionais Olímpicos Africanos.

Na ocasião, Fernando Elísio Freire garantiu que em Cabo Verde, ainda temos um longo caminho a percorrer no quesito da Igualdade de Género, embora o país tenha conseguido muito, com uma legislação das mais modernas que existem, nas várias áreas e nos vários setores. 

"A igualdade de género significa desporto, porque igualdade é liberdade, é respeito pelas diferenças, é tolerância, é trabalhar duro para vencer e é respeitar o próximo. Por isso, igualdade de género significa Desporto", nota o Ministro. 

No entender de Fernando Elísio Freire, é obrigação dos governos e dos dirigentes desportivos, em respeito ao desporto, promover a igualdade de género. 

"Também é obrigação dos governantes e dos dirigentes desportivos, em respeito a igualdade género, criar todas as condições para a igualdade na prática da atividade física, tendo isso em conta nas infraestruturas e no respetivo acesso. Exige um investimento forte e o Governo tem estado a trabalhar para materializar isso", garante o Ministro. 

No quadro da igualdade género, Fernando Elísio Freire lembrou também que é preciso ter tolerância zero para o assédio moral e sexual no desporto. 

"Por isso, a legislação não chega e é preciso criar normas e procedimentos nas federações e comités olímpicos para podermos materializar isso. Cabo Verde já progrediu muito na igualdade de género, temos uma legislação moderna, temos uma cultura desportiva adequada, mas o caminho a percorrer ainda é longo. A maioria das associações é presidida por homens, mais de 90% dos treinadores são homens e é preciso igualar as oportunidades", avisa o Governante. 

Promovido pela Associação dos Comités Nacionais Olímpicos Africanos (ACNOA), o fórum reúne representantes dos 54 países africanos, mais especialistas ao redor do mundo, para debater e traçar estratégias para a promoção e da inclusão das mulheres no setor desportivo nas diversas áreas constantes.