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Fernando Elísio Freire preside ato de abertura da Assembleia Geral da Caritas Cabo-verdiana

A Assembleia Geral é um momento privilegiado para encontrar os representantes da Caritas a diferentes níveis e conhecer e dar a conhecer as intervenções que se realizam no terreno, bem como projetar as ações para o futuro.

Fernando Elísio Freire reconheceu que Cabo Verde precisa da Caritas e da Igreja porque, segundo disse, a situação não é dramática, mas é muito difícil devido aos efeitos de uma tripla crise, designadamente da seca prolongada, da pandemia da Covid 19 e, desde março 2022, da Guerra iniciada com a invasão Russa à Ucrânia. “A insegurança alimentar está a nos espreitar, estamos com números que há quatro ou cinco anos não nos passariam pela cabeça”, lamenta o Ministro.

“Nós temos que atuar agora e atuar bem. Temos tomado um conjunto de medidas, com um esforço financeiro muito grande do Estado de Cabo Verde. Para conseguirmos combater e mitigar os efeitos da crise sobre a população cabo-verdiana serão necessários cerca de 5 milhões de contos”, admite o MFIDS.

Perante esta situação é difícil, Fernando Elísio Freire afirma que a Caritas e a Igreja têm um papel fundamental, assim como foram extremamente importantes e decisivos para que o nosso país pudesse combater bem a pandemia. O Ministro agradeceu e enalteceu o exemplo que foi a Igreja durante a pandemia, sensibilizando as pessoas, e a Caritas ajudando a população mais carenciada.

Dando continuidades a este trabalho, Fernando Elísio Freire revelou que o Governo já tomou a decisão de avançar com a assistência alimentar, um processo que, segundo disse, tem que ser feito com as instituições sociais das Igrejas, porque são credíveis e estão mais próximas das comunidades.

“No final deste mês vamos assinar um acordo com a Caritas e as outras instituições de Igrejas que trabalham diretamente com as pessoas, para fazerem este trabalho de assistência alimentar”, adianta.

Por outro lado, o Ministro reafirmou o compromisso do Governo em ceder às Entidades Religiosas e às ONG 's 89 espaços comerciais nos empreendimentos ‘Casa para Todos’ para execução de políticas sociais.

Ou seja, estas Instituições terão à disposição esses espaços para execução de políticas sociais, para serem utilizados como centros de dia, centros de formação, promoção do pré-escolar e criação de redes de creches para aumentarmos o nível de cuidados, principalmente para as crianças no horário contrário às escolas.

Trata-se de uma medida estruturante que vai alargar as redes de creches e pré-escolar, de centros de dia, de centros de formação e centros de acolhimento.