Enquadrado no Dia Internacional do Homem, celebrado a 19 de novembro, o Ministro do Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, presidiu hoje, 18 de novembro, no Auditório da Universidade Jean Piaget, a abertura da conversa aberta sob o tema: “O que é ser homem? Desconstruir crenças para alcançar a efetiva igualdade de género”, promovido pelo ICIEG.
Este ano, para assinalar o Dia, o ICIEG, em parceria com o Laço Branco e o PNUD, tem realizado um leque de atividades, com o objetivo de contribuir para a desconstrução de estereótipos que atingem particularmente os homens, abordando temáticas como a parentalidade responsável, a violência baseada no género, a criminalidade, as dependências, o suicídio e, através da promoção de espaços de diálogo e de partilha, realçar a importância dos homens na construção da igualdade e equidade de género.
Neste âmbito, Fernando Elísio Freire garantiu que o Governo de tudo fará para cumprir uma sociedade de igualdade de género, para que haja autonomia e igualdade de oportunidade a todos.
“Nestas questões há sempre dois lados. Parece que a tendência da Igualdade de Género centrado essencialmente na mulher está agora a virar-se para o homem. Isso não quer dizer se é bom ou mau. O importante é que façamos uma análise profunda sobre as causas que ainda nos impedem de chegar a uma efetiva igualdade de género”, referiu o Ministro.
Apesar dos grandes avanços registados, Fernando Elísio Freire reconhece que ainda há casos e momentos em há desigualdade de género, nomeadamente, no rendimento porque segundo referiu normalmente a profissão exercida pelo homem é melhor remunerada, por escolhas diversas, e na criminalidade, porque os crimes são maioritariamente cometidos pelos homens.
“Essas questões são importantes para que possamos, enquanto decisores políticos e com capacidade de liderança, fazermos os equilíbrios e tomar as decisões corretas. Temos de ir mais ao fundo do essencial das questões que se colocam ao nosso país”, avisou o Governante.
Por outro lado, de acordo com Fernando Elísio Freire, está claro que nas escolas há uma maior participação e sucesso das meninas e que, por isso, devemos fazer de tudo para evitar ir para um caminho que faça com que haja um aprofundamento das desigualdades.
“Os direitos humanos, não é questão de contexto, não é questão de vontade de cada qual e nem de sucesso de cada um. Ela é universal e compete ao Estado promover a universalidade, através da legislação e das políticas públicas”, assegura.
De realçar que o Dia Internacional do Homem surgiu com a intenção de chamar a atenção para os cuidados da saúde masculina, alertando os homens para a necessidade de se cuidarem e recorrerem, mais amiúde, às estruturas de saúde. A data passou também a ser usada para abordar temas como a igualdade de género, a masculinidade positiva e a parentalidade responsável.