O Ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, participou esta manhã na abertura do Primeiro Fórum Internacional da Mulher e os Desafios do Desenvolvimento, realizado sob o lema “MAIS Participação, MELHOR Futuro”. O evento reúne mulheres cabo-verdianas, da diáspora e de várias nacionalidades, com o intuito de promover um espaço inclusivo de reflexão, colaboração e ação em torno do papel da mulher no progresso social, político, económico e cultural.
Na sua intervenção, o Governante saudou a iniciativa e enalteceu as promotoras do Fórum, sublinhando que este encontro é um espaço de reconhecimento da esperança, escuta e construção coletiva.
Fernando Elísio Freire destacou o papel determinante das mulheres nos 50 anos de independência de Cabo Verde, enfatizando que estas estiveram sempre na linha da frente nas comunidades, empresas, instituições, política e lutas sociais.
“A maior vitória destes cinquenta anos é que ganhámos o direito à esperança”, afirmou, acrescentando que essa esperança só se consolida com a construção de um futuro mais justo e equitativo para todas as mulheres do arquipélago.
O Ministro reafirmou o compromisso do Governo com a promoção da igualdade de género, através da implementação do Plano Nacional para a Igualdade de Género, da integração da perspetiva de género em todas as políticas públicas e orçamentos, e do reforço do enquadramento legislativo, nomeadamente com a Lei da Paridade e a Lei contra a Violência Baseada no Género.
“Apesar dos avanços alcançados como a melhoria dos indicadores de saúde materno-infantil, a redução do analfabetismo, o acesso universal ao ensino básico e secundário, e os incentivos à formação superior e profissional, ainda, temos desafios por vencer: a disparidade salarial, a dupla carga que recai sobre as mulheres, a sub-representação nos espaços de decisão e as múltiplas formas de exclusão que continuam a afetar desproporcionalmente mulheres e meninas”, frisou.
Fernando Elísio Freire, ainda, destacou a necessidade urgente de combater todas as formas de violência, com especial foco na violência sexual contra crianças e adolescentes, a violência baseada no género e práticas nefastas como a mutilação genital. “Os hábitos, os costumes ou a cultura não podem ser castradores dos direitos humanos, do direito à esperança, do direito de sonhar das crianças e das mulheres”, afirmou.
Para concluir, Freire afirmou que é tempo de colocar a igualdade de género no centro das políticas de desenvolvimento, reiterando que “mais participação significa mais progresso, mais democracia e mais justiça”.